02/06/23
Embora muitas pessoas ainda acreditem que a obesidade seja resultado de hábitos ruins de vida, ela é na verdade, uma doença crônica, e que possuí inclusive, influencias genéticas, entre 40% e 70% dos casos e que podem influenciar diretamente.
No entanto, apesar de possuir uma carga genética, é necessário um ambiente favorável para que a obesidade se desenvolva. Por exemplo, uma pessoa pode ter um gene que a faça ter mais vontade de comer doces. Mas se ela vive em um ambiente onde há pouco acesso, um núcleo familiar onde os hábitos alimentares são mais saudáveis, esse gene não a fará engordar. Mas se o ambiente mudar e os hábitos mudarem, esse gene se expressará e isso contribuirá para um possível aumento de peso.
A obesidade é poligênica, ou seja, muitos genes explicam o risco de obesidade, e cada um deles tem um papel relativamente pequeno. Em um estudo que recebeu o prêmio no Congresso Europeu de Obesidade, a cientista dinamarquesa Ruth Loos mostrou que, apesar dos aspectos genéticos, a maior parte dos genes que contribuem para a obesidade (80%) está no cérebro, ou seja, ligados a impulsos. que nos ajudam a concluir que, apesar das influências genéticas, é possível combater a obesidade com a criação de hábitos mais saudáveis de vida.
Fonte: Loos. The genetics of Obesity: from discovery to biology. Nat Rev Genet 2022
19/05/23
Os exercícios físicos são extremamente importantes para a saúde cardiovascular e metabólica, muitos imaginam que apenas a academia, ou exercício altamente estruturados, contam para manter a boa saúde, porém, vale lembrar que pequenas atividades físicas não programadas, podem também ter um impacto gigante!
Coisas simples, como o hábito de subir e descer escadas ao invés de usar elevadores ou escada rolante ou se exercitar após longos períodos sentados, faz toda a diferença.
Um estudo recente, avaliou de forma observacional os dados de 25mil pessoas que não se exercitavam normalmente, por 7 anos seguidos, utilizando dispositivos eletrônicos que mediam a intensidade do exercício. Neste estudo, aqueles que faziam 3 pequenos cursos de exercício de alta intensidade (como subir escadas) por períodos tão curtos como 1-2 minutos tiveram uma redução na mortalidade por doenças cardiovascular em 48%, uma redução na mortalidade por todas outras causas, incluindo cânceres em 40%.
Meros 4 minutos já foram associados a riscos 30% menores em geral.
Embora o estudo apenas sugira essa relação, ele serve como uma importante base para endossar recomendações de atividades físicas não programadas!
Fonte: Stamatakis. Association of wearable device measured vigorous intermittent lifestyle PA with mortality. Nature Medicine 2022
13/05/23
Não, esse é um dos grandes mitos do emagrecimento, o “tamanho do estômago”, não reduz e não influencia no “tamanho da fome”.
A fome é regulada por uma região do cérebro chamado hipotálamo, que recebe informações de diversos hormônios produzidos pela gordura, intestino, pâncreas e outros. Assim, o tamanho do estômago, tem pouca ou quase nenhuma influência, afinal fome é uma sensação fisiológica e não mecânica.
Já o organismo humano tem a tendência de tentar recuperar o peso, após uma grande perda, mas isso é algo biológico. Neste caso, o hipotálamo quer que o corpo retorne ao peso máximo, de tal forma que, a fome tende a aumentar e o gasto calórico tende a reduzir. Pois, ocorre a queda do hormônio leptina, produzido pela gordura. Quando você emagrece, o corpo produz menos leptina, mandando um sinal ao cérebro para comer mais.
Já a longo prazo, não há nenhuma evidência de que o corpo se “acostume” a comer menos. Por isso a importância de tratar a obesidade como uma doença, com um acompanhamento profissional especializado.
Fonte: Berthoud. Physiology of EI in the weight-reduced state. Obesity 2021
25/04/23
Você sabia que o trabalho em turnos pode contribuir para o aumento do peso corporal e ocorrência da obesidade?
Em uma pesquisa recente conduzida pela USP (Universidade de São Paulo), em um estudo sobre a prevalência da obesidade e sobrepeso nos profissionais da saúde, constatou-se que o trabalho em turnos, realizado por esses profissionais, contribui para o aumento de peso e sobrepeso da categoria.
Os profissionais expostos a essa carga de trabalho em turnos acabam, sofrendo uma desregulação hormonal, que é acompanhada, muitas vezes de uma alimentação não saudável e um baixo índice de prática de atividades físicas, que contribuem para esse aumento de peso, sendo um importante fator de risco para o desenvolvimento de sobrepeso, obesidade e outras doenças relacionadas.
Esse estudo mostra a importância da necessidade de desenvolver e implementar políticas de saúde nas empresas, que visem reduzir a exposição excessiva desses trabalhadores aos horários de turnos e estimular mudanças mais saudáveis e duradouras em seus estilos de vida, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele.
11/04/23
A água com gás pode ser uma alternativa bastante saudável e refrescante para quem busca abandonar o consumo de refrigerantes e outras bebidas com alto teor de açúcar, mas nem todo mundo conhece seus benefícios. Existem alguns mitos e verdades que precisam ser esclarecidos, por isso, trouxemos essa publicação para vocês!
A água gaseificada ajuda a melhorar o paladar, “limpando” e deixando o seu sentido mais apurado para o sabor dos alimentos e bebidas ingeridas em seguida.
Mesmo tendo um ph, um pouco mais ácido, por conta do gás carbônico, a água com gás não faz mal aos dentes. Pode beber à vontade.
Assim como os demais tipos de água, a bebida contribui para a hidratação, ajudando o bom funcionamento do nosso organismo.
A água com gás, pode aliviar a sensação de inchaço abdominal, mas deve-se evitar o consumo excessivo, especialmente durante as refeições.
25/03/23
Uma taça de rosé com 58 calorias ou uma de sauvignon blanc com 52 calorias. A vinícola chilena Concha y Toro acaba de lançar essas duas opções da linha Belight, que possui até 42% menos calorias e 32% menos álcool comparados com um vinho tradicional. Ambas as opções levam o rótulo do Casillero del Diablo e possuem 8,5% de teor alcoólico, ante a média de 12,5% dos demais vinhos. Bebidas com baixo teor alcóolico são uma tendência na coquetelaria e se espalharam pelo mercado brasileiro nos últimos anos.
A onda de bebidas com menor teor alcóolico que já se vê na coquetelaria começa a chegar ao mundo dos vinhos. A chilena Viña Concha y Toro acaba de apresentar a linha Belight, versão do Casillero del Diablo com até 42% menos calorias e 32% menos álcool que suas versões regulares.
O lançamento está disponível em dois rótulos, sendo eles rosé (58 calorias por taça) e sauvignon blanc (52 calorias por taça), considerando-se uma taça de 100 milímetros. A Belight possui quase três vezes menos calorias que destilados como gin e uísque e cerca de 24 menos carboidratos que uma cerveja long neck, segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos da USP.
O lançamento chegou ao mercado com apenas 8,5% de teor alcoólico, enquanto os demais vinhos possuem em média 12,5%. Já os destilados como gin e uísque possuem em média 42%, ainda segundo a USP.
Fonte: Revista Exame
17/03/23
O magnésio participa de diversos processos do organismo. Nas células, ele está envolvido com mais de 300 enzimas na regulação e proliferação celular, além do metabolismo de energia e transporte de cálcio e potássio através das membranas celulares. O mineral também é fundamental no controle da contração e relaxamento muscular, da pressão arterial, transmissão de sinais entre sistema nervoso e em mecanismos relacionados à insulina. Além disso, o magnésio é fundamental para formação de ossos e dentes, anticorpos, participa do sistema imune e tem papel na modulação do humor e do sono.
São os sintomas da falta de magnésio, Câimbra Fraqueza e letargia Enxaqueca Zumbido nos ouvidos Náuseas e vômitos Ansiedade e irritabilidade Constipação Formigamento.
A carência de magnésio pode levar também ao aumento da absorção e deposição de manganês nos tecidos, além de contribuir para o surgimento de algumas doenças como aterosclerose, hipertensão, diabetes, asma e osteoporose
10/03/23
Dois estudos recém-publicados mostram bem a importância do complexo B na redução de níveis elevados de homocisteína, associados a muitas condições, como aterosclerose, doenças cardiovasculares, eventos cerebrais adversos, câncer, vitiligo e diabetes, além do aumento do risco de mortalidade por todas as causas.
A homocisteína é um aminoácido presente no plasma do sangue que está relacionado com o surgimento de doenças cardiovasculares como AVC, doença coronariana, trombose ou infarto cardíaco, por exemplo, já que seus níveis elevados podem causar alterações nos vasos sanguíneos.
O estudo clínico publicado por Lu et al. (2023) no European Journal of Nutrition, investigou se a suplementação com baixas doses das vitaminas B6, B9 e B12 + betaína conseguiria reduzir as concentrações de homocisteína entre adultos.
O resultado do estudo constatou uma redução significativa nas concentrações plasmáticas de homocisteína. Já o estudo prospectivo de Zhu et al. (2023), publicado no JAMA, se baseou em evidências emergentes que sugerem que o baixo status dessas vitaminas B pode levar à adiposidade, dislipidemia, disfunção endotelial vascular, intolerância à glicose e resistência à insulina – condições essas implicadas na síndrome metabólica.
Fontes: Lu X, et al. Effects of low-dose B vitamins plus betaine supplementation on lowering homocysteine concentrations among Chinese adults with hyperhomocysteinemia: a randomized, double-blind, controlled preliminary clinical trial. Zhu J, et al. Folate, Vitamin B6, and Vitamin B12 Status in Association With Metabolic Syndrome Incidence
04/03/23
O dia mundial da Obesidade é uma data muito importante, e tem o intuido de debater, conscientizar e informar as pessoas sobre essa que é uma das grandes preocupações em relação a questão de saúde pública.
Além de apresentar uma fisiopatologia complexa, a obesidade, associa-se a diversas complicações que afetam quase todos os sistemas do organismo.