Você já parou para pensar que a fome não é apenas um simples sinal de estômago vazio? Na verdade, a fome é regulada por um sistema muito mais complexo do que imaginamos, envolvendo não só o nosso cérebro, mas também o intestino e até os microrganismos que vivem dentro dele — a microbiota intestinal.
A Neurociência por Trás da Fome
Um estudo recente publicado no The New England Journal of Medicine destaca que a fome é controlada por circuitos neuroendócrinos altamente sofisticados. Esses circuitos conectam o cérebro, o sistema digestivo e a microbiota, coordenando sinais para que nosso corpo saiba quando precisamos de energia.
Fome Homeostática x Fome Hedônica
Sabemos que existe a fome homeostática, que é aquela sensação biológica clássica que surge quando nosso corpo precisa de energia. Porém, há também a fome hedônica, que é aquela vontade de comer motivada pelo prazer, independente da real necessidade calórica. É o famoso “comer por vontade, não por fome”.
A Influência da Microbiota Intestinal
A microbiota intestinal, que é o conjunto de micro-organismos que habitam nosso intestino, tem um papel surpreendente na regulação do apetite. Ela pode modular os circuitos que controlam a fome, influenciando diretamente nossa vontade de comer e o comportamento alimentar.
Impactos no Tratamento de Distúrbios Alimentares e Obesidade
Esse entendimento mais profundo da fisiologia da fome abre portas para tratamentos mais eficazes e personalizados, especialmente em casos de transtornos alimentares e obesidade. Por exemplo, medicamentos como os agonistas do GLP-1, que têm ganhado destaque, atuam em parte modulando esses circuitos para ajudar no controle do peso.
Por que é importante entender a fisiologia da fome?
Conhecer como funciona o mecanismo da fome nos permite desenvolver estratégias de tratamento mais seguras, que vão além de simplesmente restringir alimentos. Assim, os tratamentos se tornam mais adequados às necessidades individuais de cada pessoa, respeitando as complexidades do corpo e da mente.
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Fonte: The Physiology of Hunger — The New England Journal of Medicine, 2025.